quarta-feira, 23 de julho de 2014

Carnaval 2015 - Sinopse da Escola de Samba Acadêmicos do Campo do Galvão



Acadêmicos do Campo do Galvão
Carnaval 2015

“Mestiço, maneiro, moleque... 
Orgulhoso, guerreiro.
Sou Brasileiro, o melhor do Brasil!”


Pais-promessa, Nação do Amanhã, País do Futuro ou País de Futuro?
Somos rotulados de mil e uma maneiras, mas como somos brasileiros e não desistimos nunca, acreditar é nosso lema, superar está no nosso destino e fantasiar está em nosso DNA. 
É com muita satisfação que o Acadêmicos vem mostrar uma história de admirar, que conta a minha, a sua e a nossa história, escrita em páginas de ouro, com sangue, suor, dor e amor. Uma História de muitos encantos, prisões, desmandos , bravuras e ternuras!
E foi assim, que procurando aqui e ali, na certeza de um destino, procurando daqui e dali, pararam, deslumbrados por uma terra linda de cores, sons e sabores. 
Assim se deu o início de tudo? Ou nada é o que parece ser!?
Uma história mal contada, que começa de verdade, tendo com palco a natureza, quase sem vestimenta (usávamos penas e muitas cores); e de repente surgem àquelas enormes coisas sobre a água do mar, com aquela gente pálida e sem graça, com muitos panos, e uma língua enrolada. Ameaçando-nos e nos amedrontando. E quem seriam eles? 
À primeira vista, a resposta para essa pergunta é fácil: É o retrato da nossa História o encontro entre os colonizadores portugueses e os índios (aborígenes) que aqui viviam. 
Os donos dessa terra não deixaram se escravizar, os colonizadores então tiveram que improvisar; foram ao continente vizinho para escravos captar.
E por aí se deu o começo da mistura, com a chegada de mais povos (alemães, italianos, japoneses, franceses). A mistura foi grande, era gente que chegava por todos os lados, refugiados, espiões, sonhadores. 
Com toda essa gente junta e misturada, não poderia ser diferente, formamos enfim, um povo mestiço genética e culturalmente que, apesar da diversidade, compartilha certos traços em comum.
Mas a questão fica um pouco mais complicada quando se trata de buscar a essência do que se convencionou chamar de caráter nacional, aqueles traços que explicam uma série de comportamentos que costumamos encarar com naturalidade, mas que, quase sempre, causam surpresa entre os estrangeiros.
Não é só um estereótipo criativo ou enrolão, extrovertido ou indiscreto, cordial ou malandro, maleável ou corruptível. 
Somos gente que faz acontecer, somos inventores, produtores e empreendedores de uma cultura, e de um país, que é movida pela adversidade, e mesmo assim somos criticados, e nos criticamos excessivamente.
Um povo malabarista e equilibrista no dia a dia, mostramos ao mundo que superar é preciso, e seguir em frente é essencial, provamos que sabemos perder com classe, mas que vencemos com ousadia. Sábio foi o ilustríssimo senhor Luís da Câmara Cascudo autor da frase “O melhor produto do Brasil é o brasileiro”.
Há quem diga que o brasileiro é um povo sem memória, um verdadeiro equívoco, pois nossa memória está repleta de história, momentos mágicos, de grandes emoções, experiências, derrotas, felicidades e vitórias. O tempo passa, páginas se viram, e o que gostamos mesmo é de guardar nas lembranças os momentos de felicidades e vitórias, pois esses fazem inflar o ego nacional. 
Hoje não somos reconhecidos somente pelo futebol, ganhamos mais força e destreza em outras áreas, mas é na batucada que partilhamos com nossos irmãos os nossos valores. 
Ao olhar para a História percorrida de nosso povo, fico a pensar sobre tudo o que vivemos, o que aprendemos, o que conquistamos, Concluo que no fina,l a verdade é que formamos uma sociedade multicolorida, generosa, alegre; que sempre quis ser no mundo uma potência sem prepotência .
Afinal quem somos nós os brasileiros? 
Somos um povo sofrido, guerreiro, otimista, festeiro, gigante e bonito por natureza! 
Que tem autoestima, porque ama de verdade. Autêntico, amadurecido e alegre, porque mais sofrido. Que não força situação, nem impõe nada a ninguém; mas tem amor-próprio. Que é humilde, e alegre na sua simplicidade, se mantendo no presente, na plenitude da vida; que é onde ela acontece. Formamos uma civilização mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma. Somos uma nação que incorpora em si mais humanidade, mais generosidade. Somos abertos à convivência com todas as nações, raças e culturas. 
Que está assentada na mais bela, e luminosa província da terra.
Um povo que coloca seus pensamentos, sentimentos e ações, a serviço do coração.
Enfim... Um povo que Sabe Viver. 
É adentrando essa nossa História tão íntima, particular e de tantas emoções que o Acadêmicos do Campo do Galvão tem orgulho de exaltar que o nosso pais produz o que há de melhor: “seu povo, sua gente!.

Referências:

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Identidade & etnia – construção da pessoa e resistência cultural. São Paulo : Brasiliense, 1986. 

ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. 3 a . ed. São Paulo: Brasiliense, 1985

RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A formação e o sentido de Brasil. 2ª ed. São Paulo: Editora Movimento

INTERNET:




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